Colombo defende medidas corajosas ao invés de aumentar impostos

Colombo e Simone Leite falaram sobre medidas que colocaram Santa Catarina em um outro patamar de crescimento - Foto: Itamar Aguiar

Colombo e Simone Leite falaram sobre medidas que colocaram Santa Catarina em um outro patamar de crescimento – Foto: Itamar Aguiar

Arrecadação em queda e demandas do serviço público em crescimento. A equação, semelhante à vivida no Rio Grande do Sul e difícil de alcançar o resultado positivo aqui, é bem diferente em Santa Catarina. Por uma simples razão: a fórmula para superar as dificuldades econômicas e promover investimentos foi encontrada pelo governador Raimundo Colombo que adotou medidas difíceis e impopulares ao invés de aumentar impostos. E assim, ele colocou Santa Catarina num novo patamar de crescimento.

Foi isto que o governador, Raimundo Colombo mostrou nesta quarta-feira, 01, ao falar no Tá na Mesa da Federasul. Aplaudido em vários momentos, Colombo não escondeu sua preocupação com 2017 e afirmou que para manter este ritmo de crescimento no seu Estado o Governo Federal deve sinalizar, de forma positiva, para a renegociação da dívida dos Estados com a União. Para ele, carência de até dois anos e o desconto de 60% nas parcelas vai permitir um trabalho que impulsione o desenvolvimento.

“Nem mesmo um agiota cobra valores tão altos em uma dívida”

“Nem mesmo um agiota cobra valores tão altos em uma dívida”, definiu Colombo ao lembrar que o empréstimo de Santa Catarina com a União foi de R$ 4 bilhões e que já foram pagos R$13 bilhões e ainda o Estado deve R$ 9 bilhões. “Sem a renegociação a opção para dar continuidade aos investimentos é aumentar impostos e diminuir serviços. Mas prejudicar a sociedade não está no nosso horizonte”, disse ele ao comentar que o caminho escolhido foi o da adoção de medidas “difíceis e impopulares” para manter as contas no azul.

A austeridade promovida pela gestão de Colombo passa pelo controle de gastos, redução de custos com pessoal e planejamento de investimentos, além da reforma da previdência Estadual. “Existe um risco de colapso dos serviços públicos, pois o Estado se tornou ineficiente e perdeu a capacidade de dar respostas à sociedade”, avaliou o governador.

O mesmo cenário se multiplica no Governo Federal, disse o governador, lembrando que a União enfrenta sérias dificuldades de gestão em função de uma crise de representatividade e liderança. “O atual modelo político brasileiro está apodrecido”, alertou ele defendendo uma reforma política para valer.

Ele enfatizou que são necessárias correções profundas e corajosas para fazer uma transformação. “Não basta só mudar pessoas porque não sairemos da mesma situação”, sugeriu ao afirmar que o atual modelo “morreu” e o novo ainda não “nasceu”. Para o governador, o grande questionamento é “qual o perfil que queremos?”. Definido o modelo, é fazer as mudanças combinando mobilização, organização e conscientização:

  • Estamos tendo uma janela de oportunidade para corrigir nosso país, finalizou.   

Assista aqui síntese da palestra do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, no Tá na Mesa do dia 1º de junho na Federasul.

 

 

 

PUBLICADO EM: 1 de junho de 2016