Rafael Goelzer, Roberto Argenta, Rodrigo Sousa Costa, Aline Eggers e Marcos Oderich. Fotos: Viviane Quines/Marketing FEDERASUL
Com um painel com nomes de peso, foi dada a largada ao 2º Fórum de Presidentes, promovido pela FEDERASUL, nesta sexta-feira, em São João do Polêsine. A atividade contou com a participação de Aline Eggers, CEO da Fruki Bebidas, Marcos Oderich, da Conservas Oderich, e Roberto Argenta, da Calçados Beira-Rio, que compartilharam suas experiências e desafios ao longo de suas trajetórias.
O presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, deu início ao Fórum, agradecendo a presença das lideranças e destacando o papel do associativismo na superação dos desafios enfrentados pelo Brasil e pelo Rio Grande do Sul. Ele fez um breve resumo dos dois últimos anos da entidade, ressaltando o enfrentamento das cheias e as batalhas contra o aumento de impostos e a retirada de incentivos fiscais, que agravariam a carga tributária.
Rodrigo Souza Costa
Rodrigo Sousa Costa enfatizou a importância de manter o protagonismo na defesa de nossos valores e princípios, agora com a renovada esperança trazida pela eleição de candidatos comprometidos com o empreendedorismo. “A palavra emociona, o exemplo arrasta”, afirmou, destacando que, imbuídos do espírito de solidariedade e colaboração, a FEDERASUL e suas lideranças estão preparadas para enfrentar os desafios dos próximos anos e seguir trabalhando pela reconstrução e pelo fortalecimento da sociedade gaúcha.
Lideranças
Roberto Argenta iniciou sua fala criticando o assistencialismo, defendendo que o Brasil só mudará se houver foco em ações que gerem empregos e não em auxílios. Segundo ele, as grandes potências se desenvolvem não por assistencialismo, mas pelo trabalho árduo de sua população. “Se não mudarmos a questão do assistencialismo, o Brasil nunca vai mudar”, criticou.
Argenta também destacou que, para que as empresas prosperem, é necessário formar líderes competentes, citando a importância da liderança. “Em uma empresa, é necessário líderes. Se uma empresa quebra, é porque o líder quebrou primeiro. mais difícil não é ter um negócio, é formar líderes”, afirmou.
Roberto Argenta
Por fim ele celebrou os valores empreendedores como força propulsora do desenvolvimento da sociedade, em crítica à ineficiência do poder público. “O nosso setor público é muito ruim, é péssimo, essa visão empreendedora que temos, de resolver problemas, faltam ao setor público”.
“Não existe sucesso sem pessoas”
Aline Eggers, por sua vez, compartilhou a trajetória da Fruki Bebidas, que este ano celebrou seu centenário, e a superação de desafios como as enchentes. Ela ressaltou a importância da continuidade empresarial através de um processo sucessório bem estruturado e a relevância de ter uma governança sólida para garantir o sucesso a longo prazo.
Aline Eggers
Para Aline, “não existe sucesso sem as pessoas”, destacando o papel dos profissionais que fazem parte da história da empresa, que conta com mais de 1.100 colaboradores.
Mão de obra
Marcos Oderich, da Conservas Oderich, falou sobre a necessidade de incentivar a formação e o trabalho desde jovens para combater a escassez de mão de obra qualificada. “Você vê nas Olimpíadas, os atletas vencem porque praticam o esporte desde pequenos “, afirmou. Ele também criticou os efeitos negativos das novas tecnologias, como os smartphones, que têm impactado a capacidade de foco e dedicação das novas gerações.
MArcos Oderich
Oderich também apresentou a história da empresa, que nasceu com o impulso empreendedor da comunidade alemã no século XIX, e destacou a importância da qualidade e da sustentabilidade em seus produtos. Para ele, a alta carga tributária no Rio Grande do Sul foi um desafio para a permanência da empresa no estado, o que levou a investirem em outras localidades, como Goiás.