O tema foi debatido no Tá na Mesa por três especialistas que falaram sobre a importância da inteligência artificial no sistema educativo
As conexões entre a educação, a sociedade e o mercado de trabalho foi o tema debatido no Tá na Mesa da FEDERASUL desta quarta-feira (31). Três mulheres experts no assunto relataram suas experiências de inclusão, inovação e cidadania, através do uso de tecnologias para ajudar estudantes a melhorar o aprendizado.
A líder de educação pública do Google for Education Brasil, Marici Marchini apresentou dados do relatório global feito em 24 países que mostra as tendências para o futuro da educação; a secretária de educação do RS, Raquel Teixeira relatou os avanços para ampliação da escola integral argumentando que o século 21 está demandando novas habilidades dos jovens, o que comprova que os anos a mais de estudo revertem em qualidade na formação com resultados positivos a longo prazo. E, por último, a representante do Plano Ceibal do Uruguai (referência no continente firmada pela Unesco como articulador de soluções que envolvem tecnologia na área de educação), Mariana Montaldo relatou como a distribuição de computadores para todos os alunos da rede pública do país qualificou o ensino.
O Tá na Mesa teve a coordenação do presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa e a participação do diretor da área de Educação da entidade, Fernando de Paula.
Ao analisar o papel da educação para atender às necessidades do futuro, Marici Marchini disse que é preciso aproveitar a inteligência artificial e a tecnologia para individualizar o aprendizado e ajudar os estudantes a acessarem informações da melhor forma. “Temos que apoiar os estudantes no nível em que estão para que possam chegar o mais rápido onde desejam”. O Google para a Educação acredita na valorização do professor e defende a automatização de algumas tarefas. Simplificar o fluxo de trabalho e as tarefas administrativas podem economizar muitas horas do tempo do professor por semana. “Quando elevamos os professores, melhoramos a educação”, afirmou Marici. Outra tendência apontada no relatório foi a necessidade de promover a modernização do progresso dos estudantes.
Em sua manifestação, a secretária de educação Raquel Teixeira disse que o mercado, a escola e a sociedade estão mudando, mas talvez o olhar da sociedade e do mercado em relação à escola também tenham que mudar. “O futuro é híbrido, aberto, flexível e colaborativo”, argumentou, defendendo o uso da tecnologia para qualificar também os professores. Para os alunos, Raquel Teixeira aposta nas escolas de turno integral, destacando que hoje são 111 no Estado, mas que a meta para 2026 é chegar a 550. “Na escola de tempo integral, os alunos terão como ir além dos domínios básicos desenvolvidos, poderão traçar projetos de vida visando um desempenho mais qualificado”, justificou.
Já a representante do Plano Ceibal, do Uruguai relatou que a tecnologia tem sido usado desde 2008 como ferramenta pedagógica ao oferecer para todos os alunos e professores computadores individuais com internet liberada. “A tecnologia digital está a serviço das políticas públicas educativas promovendo a integração entre a tecnologia e a educação. Desta forma melhoramos o aprendizado e impulsionamos os processos de inovação, inclusão e crescimento pessoal”, afirmou a dirigente.
Homenagem
Durante a reunião-almoço, a FEDERASUL prestou homenagem aos 25 anos do BADESUL. O presidente Rodrigo Sousa Costa entregou placa alusiva à data a presidente do banco, Jeanette Lontra.