Anteriormente, no dia 2 de maio a FDERASUL realizou a primeira reunião do Grupo de Trabalho criado para buscar solução para a crise do setor
A crise que o setor de proteína animal (frango, suíno e leite) gaúcho está enfrentando poderá levar a atividade a um colapso. E foi justamente para avaliar os desafios que a cadeia produtiva está passando que a FEDERASUL criou um grupo de trabalho que já fez a primeira reunião e que resultou no Tá na Mesa desta quarta-feira (10). Participaram do debate sobre o tema, o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul – ASGAV-SIPARGS, José Eduardo dos Santos, o presidente da Dália Alimentos e representante do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul SIPS, Carlos Alberto Freitas e o secretário da Agricultura, Giovani Feltes.
José Eduardo dos Santos destacou que o setor avícola é responsável pela geração de atividades relevantes para o desenvolvimento sócioeconômico do Estado pois está presente em 260 municípios gaúchos, contribuindo com a permanência no campo e geração de renda para população. São 21 frigoríficos que oferecem 35 mil empregos diretos.
A perda de competitividade do setor se agravou a partir de 2020 com a pandemia da Covid-19 que elevou os custos de produção ao exigir investimentos para adoção de medidas de segurança e saúde para a proteção dos colaboradores e para não interromper a produção de alimentos. Somado a isso, a produção deficitária de milho no Estado exigiu a importação de 3,5 milhões de toneladas em 2022, elevando os custos de produção diante da necessidade de pagamento de frete para o transporte dos grãos. Como isso o segmento gaúcho perdeu mercado regional, abrindo espaço para que 57% da carne de frango comercializada no RS venha de outros Estados.
Para evitar maior retrocesso, os empresários entendem que são necessárias algumas medidas urgentes. Carlos Alberto Freitas explicou que os setores têm se reunido com parlamentares, secretários de Estado e com o próprio Governador do Estado. É preciso a revisão do corte de créditos presumidos e das regras do FAF, medidas de isonomia ou equilíbrio competitivo com demais Estados da união, apoio para o enfrentamento das dificuldades ocasionadas pela terceira estiagem consecutiva. Sugerem ainda apoios no processo de habilitação de industrias e cooperativas que buscam exportar para a China e no Programa Duas Safras de Grãos para o RS e Cereais de inverno além de ajuda à viabilidade da Ferrovia Ferroeste MS/PR/SC/RS e linhas de crédito para capital de giro e aquisição de grãos. “Sem apoio do Governo as empresas não conseguirão sair da crise, argumentando que muitas já estão em recuperação judicial”, afirmou Freitas.
O secretário Giovani Feltes disse que as questões estruturais e de logística são fundamentais para a manutenção do setor. Assegurou que Estado está fazendo sua parte na segurança e na biossegurança, além de ser parceiro na abertura de novos mercados para o setor. “podem contar com a parceria do Estado”, declarou.
O presidente da FEDERASUL Rodrigo Sousa Costa lamentou a crise enfrentada pelo setor, destacando que a inviabilidade da cadeia produtiva resulta em imensos prejuízos econômicos e sociais para o Estado, considerando que o RS é o terceiro Estado em volume de produção da cadeia. Disse que a entidade está se unindo às demais para encaminhar soluções para a crise. O presidente da FARSUL, Gedeão Pereira também também participou dos debates do Tá na Mesa.
No final do , o vice-presidente da FEDERASUL no Vale do Taquari e coordenador do Grupo de Trabalho, Renato Lauri Scheffler e o presidente Rodrigo Sousa Costa entregaram ao secretário Giovani Feltes um documento relatando a crise sugerindo os caminhos a solução dos problemas.
Homenagens
A FEDERASUL prestou homenagem aos 40 anos da Associação Comercial, Industrial, Serviços, Agropecuária e Cultural de Casca; aos 40 anos da Associação Comercial Industrial, Serviços e Agronegócios de Sarandi; aos 65 anos da Associação do Comércio de Jóias, Relógios e Óptica do Rio Grande do Sul; aos 85 anos da Câmara Cultural da Indústria, Comércio e Serviços de Nova Prata e aos 85 anos da Associação Comercial, Cultura, Industrial, de Agropecuária e de Serviços de Getúlio Vargas. O presidente Rodrigo Sousa Costa entregou aos respectivos presidentes uma placa alusiva às datas.