Neste dia 21 de março (terça-feira), a Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo completa 103 anos de fundação. Ao longo deste mais de um século, a Entidade se notabilizou pela defesa não somente do setor produtivo, como também pela atuação em favor da comunidade leopoldense, levantando e apoiando bandeiras como a liberdade econômica, redução de impostos, projetos para o desenvolvimento de empresas dos mais diversos portes e segmentos, para a Segurança Pública, Educação e Saúde para todos.
As mais recentes atuações estão focadas no desenvolvimento empresarial, por meio de um grupo de soluções que envolve uma ampla oferta de serviços, parcerias com instituições externas, como a FEDERASUL e Sebrae; a criação do Boletim Socioeconômico Trimestral, que traz o desempenho da atividade econômica, sempre com um bloco temático em evidência; eventos de relacionamento e de troca de conhecimento, como Momento do Empreendedor e Terça da Integração, dentre outras. Junto à comunidade, há a forte participação junto aos órgãos de Segurança Pública e de Educação, para contribuir na resolução de demandas comuns. “A ACIST-SL sempre manteve um olhar muito atento ao que a comunidade empresarial necessita e, por consequência, estende este olhar para toda a cidade”, avalia o presidente Felipe Feldmann. Ele lembra que todos os eventos realizados pela entidade são abertos ao público, contemplando associados e demais interessados nos temas propostos.
Para atender a comunidade empresarial, além das soluções personalizadas, a ACIST-SL disponibiliza uma infraestrutura física composta por duas sedes. A administrativa, localizada no centro de São Leopoldo, oferece salas e auditórios para locação. A segunda está localizada no Bairro Jardim América, onde foram construídos a Sede Social e o Rancho Normélio Bitello. Ambos são locados para eventos sociais ou corporativos.
HISTÓRIA
A história da ACIST-SL iniciou em 21 de março de 1920, quando 36 empresários decididos a garantir infraestrutura para o crescimento da economia local reuniram-se no prédio nº 83 da rua Independência. Naquela data, criaram a Associação Comercial de São Leopoldo, que teve como presidente João Reinaldo Müller. O primeiro presidente ficou no cargo por cinco anos.
Com o passar dos anos, a entidade foi ganhando força no município, mantendo sempre o propósito de representar e defender os ideais da classe empresarial. Em 1963, a entidade fundiu-se com a Associação do Comércio e Indústria de São Leopoldo, criando, assim, a ACISL. A expressão Serviços foi acrescentada em novembro de 1991. Com a alteração do estatuto, a entidade passou a denominar-se Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo (ACIS-SL). Em 2006, foi realizada a fusão com a Associação de Empresas e Profissionais Liberais do Bairro Rio Branco (Assempli), fortalecendo ainda mais a entidade.
Conforme a Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), a ACIST-SL foi a 21ª entidade de defesa do comércio a ser criada no Rio Grande do Sul. Em diversas ocasiões, seus presidentes ocupam cargos de destaque e participam das campanhas nacionais e estaduais em defesa dos interesses dos comerciantes, dos industriais, dos prestadores de serviços e da comunidade rio-grandense em geral. A mais recente é a campanha contra ainstalação de um pedágio na RS 118 e o apoio para a ampliação da BR 116.
Em 2015, ocorreu nova alteração no nome, com a agregação da palavra Tecnologia. A mudança ocorreu para acompanhar o surgimento de empresas nesta área, principalmente devido à consolidação do Parque Tecnológico Tecnosinos.
A ACIST-SL tem como propósito ser agente de sinergia em São Leopoldo e reconhecida como uma entidade empresarial moderna e representativa
CONFIRA ABAIXO OS 103 ANOS DA ACIST-SL
O fim da Primeira Guerra Mundial no início do século passado foi uma grande oportunidade para que regiões distantes dos conflitos apelassem para sua própria capacidade de produção.
Este foi o caso de São Leopoldo, que viveu naquele período um crescente desenvolvimento do comércio, indústria e agricultura.
Os comerciantes e novos industriais apoiavam, de maneira não organizada, iniciativas para a instalação da luz e força elétrica, bem como soluções para o saneamento básico.
Naquele período, em São Leopoldo a produção industrial começava a suplantar a agrícola. Parte dos alimentos processados e artefatos, como calçados e produtos metal-mecânicos, era transportada por trem ou por barca para abastecer Porto Alegre e outras cidades.
Mas como unir forças para alavancar ainda mais a produção e a geração de renda, em um período em que não havia leis claras sobre direitos e deveres entre empresas e empregados?
A fundação da Associação Comercial de São Leopoldo foi resultado destas inquietações. E no dia 21 de março de 1920, um grupo de 36 empresários promoveu uma reunião e oficializou a Associação Comercial de São Leopoldo. Eles sentiam a necessidade de criar uma entidade que defendesse o interesse do setor produtivo e lutasse junto aos governos pela implantação de uma infraestrutura que permitisse o crescimento da região, com a construção de rodovias, o fornecimento de energia elétrica e a instalação de comunicações telefônicas.
O primeiro presidente eleito foi João Reinaldo Müller, que, no mesmo dia de fundação da então ACI, enviou um telegrama ao presidente da República, exigindo providências em favor do comércio e indústria locais. Ele criticava os maus serviços da ferrovia Porto Alegre – São Leopoldo, dirigida por capital belga.
Em 1925, com a reorganização dos estatutos, assumiu a presidência Frederico Guilherme Schmidt, que presidiu a entidade por 18 anos, em três diferentes mandatos.
Durante sua primeira gestão, assinou um ofício solicitando à Companhia Telefônica melhoramentos na instalação de telefones automáticos e centrais telefônicas nos bairros industriais e mais populosos. Também adquiriu terrenos e benfeitorias para a sede da entidade, onde hoje está localizado o Palácio do Comércio e sede atual da ACIST-SL.
Em 1963, mais coesa, forte e representativa, a entidade uniu as forças empresariais da época e em novembro daquele ano, fundiu-se com a Associação do Comércio e Indústria de São Leopoldo.
Na década de 70, os principais projetos foram a instalação do Distrito Industrial que atraiu empresas estrangeiras, como a Stihl, e a construção da Escola Técnica Frederico Guilherme Schmidt, viabilizada por uma campanha de arrecadação de recursos capitaneada pelos empresários.
A construção da sede atual da ACIST-SL, o Edifício Palácio do Comércio, também aconteceu naquele período, em 1977.
Em 1980 a ACIST-SL protagonizou a criação do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública, contribuindo no aparelhamento dos órgãos de Segurança. Ainda hoje o CONSEPRO se reúne na entidade para deliberar seus projetos.
Em 1988, mais uma conquista: a inauguração de uma subestação da Companhia Estadual de Energia Elétrica, incentivada pelos empresários, que custearam 15% da obra. O projeto possibilitou o equacionamento do problema de distribuição de energia na cidade e possibilitou a expansão industrial.
A década de 90 foi destacada pela Inovação
Em meados de 1990, São Leopoldo abria as portas para a nova economia: a Tecnologia. Considerado hoje um dos melhores Parques Tecnológicos do mundo, o Tecnosinos teve seu embrião fecundado nas reuniões com empresários associados da ACIST-SL que, em 1993, sentiam a necessidade de estímulos, por parte do poder público, para criar novas empresas.
A implantação da Fundação de Resíduos Sólidos Industriais, a Funresoli, contou com protagonismo da ACIST-SL. Também em 1993, sua criação veio atender a demanda das Indústrias, que necessitavam de um espaço organizado e gerenciado onde pudessem depositar seus resíduos.
Em 1997, o metrô chegava a São Leopoldo. Um intenso movimento liderado pela Associação junto ao governo levou à reformatação do projeto para fazer uma elevada, evitando prejuízos como os das cidades vizinhas.
Século 21
Os anos 2000 estão fundamentados pela solidificação da ACIST-SL como agente de promoção social e de desenvolvimento empresarial.
A ACIST-SL passou a sediar a unidade da Parceiros Voluntários em São Leopoldo, avançando sua atuação na Responsabilidade Social.
Uma nova fusão marcou a história da entidade, quando a Associação dos Profissionais Liberais do bairro Rio Branco foi incorporada à ACIST-SL e o seu patrimônio hoje configura a Sede Social.
Em 2012, com 92 anos de história, a ACIST-SL empossou a primeira presidente mulher. Desde então, a participação feminina vem ganhando espaço não somente entre a diretoria, mas também no quadro social.
O Programa Empreender, da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, foi implementado com o objetivo de melhorar a competitividade de micro e pequenas empresas através de sua organização em núcleos setoriais.
*As Reformas Governamentais, a Segurança Pública, a Educação, a Inovação e a Tecnologia, têm sido ao longo dos anos os pilares da atuação da ACIST-SL, tendo sempre o associado como foco de suas ações*
A comunidade também é impactada pelas campanhas desenvolvidas pela ACIST-SL, como a da BR Livre, Ligar para o 190 não é Brinquedo, São Leopoldo é Demais – Compre Aqui!, a destinação do Imposto de Renda às instituições assistenciais, dentre outras, uniram a cidade.
A comunicação sempre foi essencial para a entidade manifestar seus posicionamentos e divulgar seus serviços. Lança mão de canais como boletins periódicos, revistas, portal na Internet, redes sociais, e estreita relação com os veículos de comunicação.
Diversas soluções são disponibilizadas e renovadas a cada ano, a fim de fortalecer esta rede de empreendedores que, juntos, solidificam São Leopoldo como uma cidade próspera, acolhedora e de portas sempre abertas para o empreendedorismo.
Juntos, centenas de empresas associadas vêm escrevendo esta história há 103 anos, e juntos, com certeza, escreverão ainda muitos capítulos.
Elizabeth Renz
Assessoria de Imprensa ACIST-SL