Revitalização da Rua Independência: Entidades e lojistas não aprovam única mão para faixa de rolamento

A redução do fluxo de veículos e as consequentes queda no volume de vendas, fuga de lojistas e a desvalorização dos imóveis são os principais motivos de preocupação de comerciantes e dirigentes lojistas quanto ao projeto de revitalização da Rua Independência elaborado pela Prefeitura Municipal de São Leopoldo. Para externar esta apreensão, as entidades ACIST-SL, Sindilojas e CDL São Leopoldo convocaram uma reunião com as secretarias Geral de Governo e de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico. 

 

Realizada nesta segunda-feira, 09, na sede da CDL, o encontro contou também com a presença de comerciantes que têm estabelecimentos na rua. Por unanimidade, aprovaram a inovação, a ousadia e a urgência do projeto para recolocar a Rua Independência como um dos pontos turísticos e comerciais mais importantes das região, porém, deixaram clara a manifestação de que alterar o sistema atual de trânsito significará graves prejuízos para a cidade. “É consenso de todos que a Independência deve ser revitalizada. Mas é preciso também manter o fluxo de veículos e a trafegabilidade e pedimos para que o projeto seja revisto neste sentido”, ressalta Felipe Feldmann, presidente da ACIST-SL, lembrando que esta solicitação já havia sido feita há oito meses. “Nosso receio é que este ponto possa atrapalhar o projeto executivo e atrasar o processo licitatório”, complementou Olinto Menegon, presidente da CDL. Cândido Forneck, vice-presidente do Sindilojas São Leopoldo, assinalou que é importante haver o equilíbrio entre o comércio e o turismo e que manter as atuais duas vias irá contribuir para que ele ocorra. 

 

Raul Viega da Rocha, da lojas Radan, reforçou que apenas uma pista de rolagem tenderá a acabar com a Rua Independência  como centro de comércio. “Tenho 46 anos de comércio e asseguro que diminuir o fluxo será muito grave”. Antônio Ribeiro da Silva, proprietário da Ótica Corujinha acrescentou que a trafegabilidade precisa ser muito bem avaliada, uma vez que uma das principais tradições da rua é justamente a possibilidade de os veículos transitarem.

 

O secretário Geral de Governo, Nelson Spolaor reiterou que a demanda será levada para o Grupo de Trabalho, uma vez que este é um projeto complexo e que exige várias frentes de atuação. Juliano Maciel, da SEDETTEC, assegurou que o tema será revisto e deverá ter uma resposta nos próximos dias.

 

Também participaram da reunião a gerente executiva da ACIST-SL, Maiara Fangueiro, o engenheiro responsável Paulo Kummer, Gerson Arnold, vice-presidente financeiro da CDL, e os comerciantes Vicente Cunha (Rainha das Noivas), Raul Viega da Rocha (Radan), Clauber Espinosa (Clip Papelaria), Rogeres Marques (Rep Tur Turismo) e  Antonio Ribeiro da Silva (Ópticas Corujinha). Felipe Feldmann também é diretor da Ferragem Feldmann e Cândido Fornecek é proprietário da Tabacaria Central.  

PUBLICADO EM: 11 de janeiro de 2023