Marcelo Braga, que falou no Tá na Mesa da FEDERASUL, disse que o Brasil vai precisar de 420 mil profissionais da área de tecnologia até 2030
O presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, disse ao abrir o Tá na Mesa desta quarta (27), que ouviu o presidente da IBM no Brasil, Marcelo Braga, que desde que a IBM lançou há quatro décadas o computador IBM PC muita coisa mudou. “Entre o lançamento do primeiro PC e a chegada do Z16 (último lançamento da IBM), nós vimos uma verdadeira revolução gerada pela emergência da comunicação digital”. Destacou que o assunto “inovação” é o tema central de sua gestão e disse que o Brasil precisa preparar os jovens para serem líderes em um mundo em que a tecnologia permeia todas as esferas da vida”.
Recentemente conduzido à presidência da IBM Brasil, Marcelo Braga, disse que convivem na empresa ao mesmo tempo cinco gerações de trabalhadores. Segundo ele, a soma de experiências faz com que a IBM seja protagonista nos segmentos de nuvem e de Inteligência Artificial, áreas da tecnologia em que foca sua atuação, e uma das pioneiras na política de inclusão, praticando as normas do ESG antes de ser valorizado como é hoje.
Ao citar o exemplo da IBM (que está há 105 anos no Brasil) o dirigente indicou cinco tendências para 2022. Disse que a transformação digital se tornou um estilo de vida, que o capital humano é precioso e escasso, que sustentabilidade e transparências são urgentes, que a adoção de tecnologias vai redesenhar as operações de negócios e que a confiança e segurança sustentam a inovação consistente.
Acrescentou que a transformação digital já era realidade antes da pandemia, mas que agora as iniciativas digitais estão ainda mais rápidas e se tornaram críticas. Destacou que 60% das organizações aceleraram seus investimentos em transformação digital durante a pandemia e 55% ajustaram de maneira concreta o curso estratégico de suas empresas.
Para Braga, a COVID mostrou às pessoas a noção do que realmente é importante e expôs o que não é importante para os profissionais. “A pandemia colocou a tecnologia num papel preponderante. Fazer parte do mundo digital é uma imposição para pessoas e empresas. O mundo hoje está hiper conectado”, argumentou.
Disse ainda que mais de 85 milhões de postos de trabalho no mundo podem não ser preenchidos globalmente até 2030 por falta de profissionais qualificados. No Brasil, apenas no setor de tecnologia serão 420 mil posições não preenchidas.
Os desafios, segundo Braga estão hoje em suprir a escassez de profissionais qualificados e na defesa para se proteger dos ciberataques. “Precisamos atrair mais pessoas para as áreas de exatas e isso deve ser feito desde cedo. Para isso é importante mostrar que o profissional técnico terá muitas oportunidades e um futuro próspero”, concluiu Marcelo Braga.