O ex-presidente da República Michel Temer foi o convidado da reunião on-line que a Divisão Jovem da Federasul realizou às 17 horas desta quinta-feira, 17.
No bate-papo coordenado por Paulo Peres, coordenador da Divisão Jovem da entidade, o ex-presidente disse que a viabilidade de uma terceira via nas eleições presidenciais deste ano não é uma homenagem ao candidato, mas sim ao eleitor. Ao ser questionado pelo presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, sobre a polarização existente entre direita e esquerda, o ex-presidente afirmou que “o povo está cansado do conflito permanente”. Temer falou sobre “O Estadista do Brasil”.
Em seguida Temer defendeu a pacificação das relações entre os poderes. “Esse processo tem que começar agora, antes mesmo das eleições”, disse, ao lembrar que a própria Constituição Federal determina a harmonia entre os Poderes. Para Temer, o Brasil tem jeito, mas que para tome o rumo certo é preciso que haja harmonia e isso somente será possível através do diálogo.
Ao afirmar que acredita que uma terceira via possa chegar ao segundo turno e vencer as eleições, Temer disse que é fundamental que o brasileiro não vote apenas contra. Defendeu que o eleitor busque conhecer o projeto do governo e suas principais ações e assim faça sua escolha votando a favor de um projeto. “Essa atitude vai depurar o processo eleitoral, complementou.
Para ele, o candidato que for eleito deve reunir representantes de todos os partidos, do Judiciário e governadores e propor a harmonia das relações. “Somente a pacificação trará tranquilidade ao povo brasileiro”, destacou.
O presidente da Federasul Anderson Cardoso, que acompanhou o evento, lembrou que Temer foi o presidente mais reformista que o País já teve. Além de lideranças empresariais, também participaram da reunião a ex-senadora Ana Amélia Lemos e a deputada federal Joice Hasselmann.
O ex-presidente Temer, que foi presidente da Câmara dos Deputados, por três vezes, lembrou a importância do Legislativo na gestão de um governo. “Quem governa não é apenas o Executivo. O Legislativo é quem aprova os projetos e as medidas provisórias”, lembrou enfatizando que “é preciso trazer o Congresso para governar junto” se referindo ao que fez quando presidiu o Brasil.
Para o ex-presidente que disse que aprende mais do que ensina nas reuniões virtuais que participa, falar em mudar a reforma trabalhista, como está sendo noticiado, é uma atitude contra o trabalhador (a reforma trabalhista foi feita em seu governo). Ele negou qualquer possibilidade de vir participar do processo eleitoral de 2022. “Não está no meu horizonte participar”, concluiu.
O encontro, que marcou a terceira reunião da Divisão Jovem em 2022, teve a participação dos jovens empresários de todo RS e também dos jovens políticos do Estado que fizeram perguntas ao ex-presidente que, muito disposto e solícito, respondeu todas elas.
Depois que o ex-presidente Temer saiu da reunião, em função de um outro compromisso (quase uma hora após o início do encontro), a conversa ficou com a ex-senadora Ana Amélia que respondeu a várias perguntas e também com a deputada federal Joice Hesselmann que disse estar preparando um plano de Estado, de 20 anos, para entregar ao novo presidente. Na Inglaterra os planos de governo são cumpridos e elaborados para o longo prazo, de 50 anos e na Alemanha, de 30, lembrou Hasselmann.
“Estou quietinha há seis meses, junto com uma equipe de alto nível preparando esse plano”, revelou. Ela disse que quando terminarem, vai entregar para as entidades de classe, como a FEDERASUL.