A afirmação é do presidente da ABAG, Marcello Brito, que falou no Tá na Mesa sobre a potência agroambiental do País
O Brasil do futuro já está em nossas mãos, disse o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Marcello Brito, no Tá na Mesa, ao falar sobre Megatendências para o Brasil: Potência Agroambiental. O convidado da FEDERASUL foi otimista e realista ao mesmo tempo, ao lembrar que a geração de agora está deixando para os seus filhos e netos um ativo financeiro de R$ 60 trilhões equivalentes a áreas que podem produzir alimentos sem que haja qualquer desmatamento ou poluição ambiental.
De acordo com ele, “o Brasil pode triplicar a produção de alimentos aproveitando os 170 milhões de hectares (ha) de pastos, os 70 milhões de ha de agricultura e mais 60 milhões de área degradada produzindo alimentos sem precisar desmatar”, disse. O presidente da ABAG mostrou, em sua palestra, que ao contrário dos outros povos, os brasileiros tem espaços prontos para aplicar seus conhecimentos de sustentabilidade com uso de tecnologia eficiente e ganhar mercado global cuja tendência é de crescimento exponencial.
O evento, conduzido pelo presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso e mediado pelo vice-presidente de Integração, Rodrigo Sousa Costa, mostrou as oportunidades brasileiras no agronegócio e, com elas, a transformação através de recursos em desenvolvimento educacional e de infraestrutura.
O presidente da ABAG, que começou sua palestra mostrando o que há de mentira e o que há de verdade neste setor, disse que o agro é evolutivo. “Somos o quarto país do mundo na produção de alimentos e o terceiro maior exportador global”. Mostrou preocupação com a concentração do mercado externo na China e disse que “temos um campo enorme para crescer”.
No cenário nacional mostrou otimismo ao dizer que no Brasil existem 6 milhões de propriedades rurais (351 milhões de hectares), sendo que 44% delas não usam tratores, 80% não usam semeadeiras, 90% não usam colheitadeiras, 85% não buscaram financiamento. “É um universo para crescer”, enfatizou, lembrando que 70% desse total são terras de 1 a 50 hectares.
Informou ainda que todo valor bruto da produção do agro no Brasil estão concentrados em 2% das propriedades que utilizam as melhores técnicas de cultivo, com utilização eficiente de tecnologia. Nesse cenário, concluiu, “há um campo enorme para aplicação de políticas públicas adequadas”, lembrou.
De acordo com o presidente da FEDERASUL Anderson Trautman Cardoso, “se há um Brasil que dá certo, certamente é o Brasil do agronegócio”. Lembrou que as grandes feiras de negócios, como a Expointer e a Expodireto funcionam como verdadeiras vitrines da evolução e destacou que apenas no Estado, o valor bruto da produção agropecuária soma, por ano, R$ 91 bilhões e que toda cadeia produtiva, movimenta R$ 189 bilhões/ano e representa 40% do PIB gaúcho. “Mesmo com resultados tão expressivos, sempre existem novos desafios”, concluiu.