Os presidentes dos Sistemas OCB e Ocergs-SescoopRS falaram, no Tá na Mesa, sobre o cenário do cooperativismo nacional e gaúcho, onde tudo começou
Se ajustando ao processo digital, as cooperativas se preparam para navegar no dinamismo da modernização para serem conduzidas a uma maior solidez e ampliação de seus benefícios. O setor, que movimenta praticamente 10% do PIB brasileiro e é responsável por 53% de tudo o que o Brasil agrícola produz, será ainda mais robusto com os processos de inovação. Trata-se de uma força equivalente a ativos de R$ 495 bilhões que fatura R$ 308,8 bilhões e gera R$ 26 bilhões em tributos. Com estes números o setor cooperativo brasileiro e gaúcho mostraram nesta quarta (30) no Tá na Mesa, da FEDERASUL, seus projetos de crescimento.
Presidido pelo presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso, o Tá na Mesa trouxe para o debate o cooperativismo, às vésperas de seu Dia Internacional, comemorado nesta semana (3 de julho). Sua expressão em 2021 e cenário brasileiro foram detalhados pelos presidentes do Sistema Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas e do Sistema Ocergs-Sescoop|RS, Virgílio Perius. O debate foi coordenado pelo diretor da FEDERASUL, Cesar Saut.
O cooperativismo, definido pelo presidente da FEDERASUL com “uma das forças propulsoras do País” está ampliando seu espectro e já há muito deixou de ser forte apenas na área agrícola, como mostrou o presidente do Sistema Ocergs-Seccoop|RS, Virgilio Perius. O sistema integra também os setores de crédito, saúde, infraestrutura, transportes, trabalho e produção de serviços e consumo. No RS, são mais de 3 milhões de associados em 455 cooperativas que empregam 68,3 mil pessoas. As cooperativas empregam mais (3,9% em 2020, em plena pandemia) e remuneram melhor do que o setor privado, disse Virgílio.
No Brasil a força econômica e social do sistema cooperativo equivale a 15,5 milhões de cooperados diretamente para 5.300 cooperativas que abrangem indiretamente 30% da população brasileira. Com crescimento sólido, 2.500 cooperativas tem menos de 20 anos, explicou o presidente do Sistema OCB. “Temos muito orgulho do setor da saúde que foi representativo nesta pandemia”, disse.
Como protagonista do processo de futuro, as cooperativas estão se adaptando ao mundo digital para ajudar o País a ser mais cooperativo, informou Márcio Lopes de Freitas. Para isto, já estão trabalhando na gestão de negócios para ser mais sustentável em todos os aspectos e ampliando sua atuação para proporcionar maior inclusão financeira.
No RS, o sistema cooperativista é composto por 3 milhões de associados em 455 cooperativas que empregam 68,3 mil pessoas. No ano passado, o setor faturou R$ 52,1 bilhões e cresceu, mesmo na crise decorrente da pandemia, 6,4% em relação ao ano anterior. “A distribuição de lucros chegou a R$ 2,9 bilhões que permaneceram no Estado, gerando riquezas”, enfatizou o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop|RS.