Em reunião com o governador a Entidade pediu a retirada do regime de urgência e reafirmou que o projeto aumenta impostos e prejudica a competitividade do RS
A FEDERASUL reafirmou seu posicionamento, esclarecendo que não concorda com o projeto de reforma tributária, que está na Assembleia Legislativa, e pediu a retirada do PL 184, que prevê aumento de impostos, mantendo apoio aos PLs 185 e 186. A Entidade, que atendeu o convite do governador, no final desta manhã (08), pontuou sua posição contrária à proposta porque entende que, como está, eleva o custo de vida dos gaúchos e prejudica a retomada da economia no Estado.
Acompanhada por quatro vice-presidentes, Simone Leite relembrou ao governador que a FEDERASUL foi a única Entidade a apoiar, em 2018, a manutenção da majoração do ICMS por mais dois anos. Pontuou que era um pesado sacrifício para melhorar o ambiente futuro para empreender e que esperava, agora, uma mão estendida e não uma proposta de aumento de impostos que vai afetar a todos os gaúchos e, especialmente, a cesta básica.
A defesa da prorrogação da majoração das alíquotas, na visão da FEDERASUL, em 2018, tinha como objetivo não consolidar o aumento da carga tributária, mas sim reorganizar o fluxo de caixa, fazer as reformas e privatizações que permitissem o retorno aos 17% sem a substituição de um aumento por outros.
A FEDERASUL apoiou a ideia, e deu um voto de confiança ao novo governo, pois o projeto era de imprimir um novo ritmo de gestão. “Esse plano, embalado como reforma, nos surpreendeu”, afirmou Simone.
A Entidade tem noção das dificuldades que as contas públicas enfrentarão, mas o governo precisa ter empatia com a gravidade da situação em que se encontram trabalhadores e empreendedores da classe produtiva, depois das restrições das bandeiras. A FEDERASUL defende a abertura e a ampliação do debate sobre essa pauta até dezembro.
Os vice-presidentes disseram que a Entidade apoiará uma reforma que seja sustentável no longo prazo, que proporcione um ambiente melhor para trabalhar, para que se tenha uma retomada nos empregos e nas empresas, uma reforma construída no Parlamento, em que todos sejam ouvidos.
Participaram também do encontro presencial no Palácio Piratini, os vice-presidentes Rafael Goelzer, Rodrigo Sousa Costa, Anderson Cardoso e Milton Terra Machado.