FEDERASUL ouviu líderes empresariais e prefeitos, que trouxeram informações sobre os impactos do Plano de Distanciamento e a liberação de recursos para minimizar a crise
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL) promoveu na manhã desta quarta-feira (24) mais uma rodada de discussões junto às regiões de atuação da Entidade. Na edição de hoje, estiveram presentes representantes da Fronteira Noroeste, Noroeste Colonial e Missões.
Como em todas as reuniões, o vice-presidente de Integração, Rafael Goelzer, atualizou os integrantes do encontro com números atualizados e comparados à realidade particular de cada região. Goelzer fez questão de diferenciar o valor absoluto de casos e o reflexo disso. De acordou com ele, “não se pode computar um número absoluto em uma planilha e toda uma região ser bloqueada por que houve dois ou três casos isolados”, disse.
Ele também criticou o fato da restrição regional, por meio de bandeiras, paralisar a classe produtiva sem que existam planos de ações para minimizar o problema e a insegurança que ele gera.
A presidente da FEDERASUL, Simone Leite, afirmou aos executivos e demais líderes e convidados da reunião, que é ilusório a determinação do lockdown ou da restrição da atividade produtiva regional. “Porto Alegre e Canoas demonstram que isso não adianta, e quem sofre a principal consequência disso é o empresário e o trabalhador”, disse. A declaração da presidente da Entidade ilustra o alto número de pessoas circulando em espaços públicos, como na Orla do Guaíba, em Porto Alegre, registrado no último fim de semana e em bairros populosos de Canoas e demais cidades do Eixo Metropolitano da BR-116.
A Entidade deverá se posicionar nos próximos dias sobre o apoio do emprego das forças de segurança, bem como do Exército Brasileiro, no impedimento do trânsito de pessoas e que as regras de isolamento social sejam efetivadas. Essa solicitação deve ser encaminhada à Assembleia Legislativa, de forma conjunta, com outras Entidades Empresariais do RS. Os presidentes de ACIs e gestores públicos voltaram a pedir diálogo por parte do Governo do Estado e que ações proeminentes do Plano de Distanciamento sejam democráticas, e não totalitárias.
Além das questões do Plano do Distanciamento, o acesso ao crédito via PRONAMPE também foi debatido. A liberação da linha de financiamento segue sendo dificultada pelas Instituições financeiras, incluindo por bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal. A FEDERASUL segue discutindo essa pauta com o sistema financeiro, e é considerada a pauta prioritária da Entidade.