Mais de 100 líderes regionais e presidentes de Entidades associadas à Federasul participaram do debate virtual
O plano de Distanciamento Social Controlado do Rio Grande do Sul, em vigor desde o último final de semana (9 e 10), que adotou uma série de quesitos técnicos (como uso de “bandeiras”), que contribuem para a identificação da situação regional da infecção pelo coronavírus, pautou grande parte da reunião de integração da Federasul, nesta manhã (13). A plantas frigoríficas instaladas na região de Passo Fundo e de Lajeado foram também, amplamente discutidas.
A presidente da Federasul, Simone Leite, reinterou que o sacrifício que toda a sociedade está passando, precisa ser compartilhado com todos os Poderes, principalmente com aqueles que ganham mais de R$ 15 mil, além de redução do número de CCs. ”Esses não sabem o que é sacrifício. Estão pedindo comida por aplicativo e assistindo o que há de melhor em streaming. A conta tem que ser dividida com todos, até porque o coronavírus não escolhe classe social, todos somos suscetíveis”, afirmou.
O médico infectologista, Ricardo Zimerman (convidado para o próximo Tá na Mesa em 20/5), falou sobre isolamento social, fechamento de escolas e indústrias, entre outros. Na sua opinião, ”prever curvas não é confiável. Só nos livraremos da pandemia quando boa parte da população tiver contato e anticorpo ao vírus”, disse. Zimerman ilustrou a atual crise sanitária com a que aconteceu em 2002, causada pelo mesmo vírus corona (Sars-Cov), que, há época, adotou os mesmos protocolos, que hoje vigoram, não impediu a transmissão da popularmente chamada “Gripe Suína”, que se originou de camelos, na região da Arábia Saudita.
Outro participante da Reunião de Integração foi o chefe do Ministério Público do RS, Fabiano Dallazen, que falou sobre o papel que a Instituição vem desempenhando diante do cenário de crise. Dallazen afirmou que “o MP gaúcho e os promotores que estão junto às Comarcas são fiscais das políticas públicas. Nosso papel é cobrar e fiscalizar se, de verdade, existe política de saúde pública”.
A questão da insegurança jurídica causada pelos inúmeros decretos foi apresentada ao Procurador-Geral de Justiça. Ele disse que” busca-se o equilíbrio entre os Entes (Estado e Municípios). É por meio do diálogo que as coisas acontecem. Temos de construir um meio-termo”, enfatizou e afirmou que o MP está, literalmente, de portas abertas à sociedade, respeitando as regras sanitárias.
A Federasul encaminha ainda hoje um oficio ao MP/RS para buscar junto ao Órgão uma melhor compreensão e sensibilização do Governo do Estado no tocante à retomada da economia, principalmente no Vale do Taquari, conhecido por “Vale dos Alimentos”.