Estamos preparados para novos projetos que podem tirar o Estado da crise, disse a presidente Simone Leite, no 15º Congresso da entidade, em Gramado
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) preparou e entregou para os poderes Executivo e Legislativo um documento com 80 demandas propostas por 157 entidades filiadas colhidas durante este ano, em reuniões do Fórum RS em Transformação. O momento da entrega aconteceu neste final de semana, em Gramado, durante o 15º Congresso da entidade que reuniu quase 300 lideranças do Estado e discutiu, temas relacionados com os obstáculos que precisam ser vencidos para o crescimento econômico.
A entidade pautou estes assuntos para serem discutidos no seu Congresso porque percebeu uma disposição concreta para mudanças estruturais no Estado, lembrou a presidente Simone Leite. Por esta razão a programação do encontro, incluiu a leitura da Carta Aberta ao Rio Grande, formalizando o apoio de classe empresarial ao enfrentamento de problemas históricos que trouxeram a precária situação financeira e econômica do Estado. “Este é o momento”, lembrou a presidente, que leu a Carta.
Com estas duas estratégias a Federasul adota uma agenda positiva e de apoio às mudanças estruturais do Estado que foram reforçadas pela programação do Congresso, também em sintonia com o pensamento focado no desenvolvimento. A pauta e os palestrantes mostraram que chegou o momento do Estado tratar as mudanças para o futuro e melhorar o ambiente para quem investe, produz e empreende para soluções sociais e ambientais pelo crescimento econômico que pode impulsionar a arrecadação pública. “Acreditamos que estamos com uma janela de oportunidades aberta”, enfatizou Simone Leite:
– Temos governos federal e estadual afinados em cortar privilégios para reduzir o peso do Estado, diminuir a burocracia que atrapalha quem produz, valorizar a entrega de resultados nos serviços públicos com as privatizações e concessões.
Para a Federasul, as atitudes que vem sendo observadas pelos governos indicam um norte de responsabilidade com o futuro, a busca de equilíbrio nas contas públicas e da segurança jurídica. Estes movimentos, lembra a presidente, nos sugerem “confiança para termos de volta os investimentos tão necessários para dar suporte ao progresso sustentável”.
O mesmo raciocínio foi desenvolvido pelo presidente da John Deere, no Brasil, Paulo Herrmann, um dos palestrantes do 15º Congresso. Ele disse que o desempenho agrícola brasileiro é um exemplo de nossa competência e capacidade produtiva e que precisamos melhorar a narrativa de nossos pontos fortes, valorizar aquilo em que somos exemplo mundial. “Estamos no tempo de plantar para colher”, disse.
Os projetos estruturados para o Rio Grande voltar a crescer, apontam que 45% das necessidades regionais estão concentradas na área de infraestrutura; 15% em regulamentações ou legislações; 12,5% em segurança; 7,5% em aeroportuárias e turismo; 5% em saneamento, saúde e comunicações e 2,5% em outros itens.