O objetivo do programa é desafiar grandes cidades no combate ao câncer, sendo Porto Alegre a primeira na América Latina. O movimento é uma parceria entre Femama; Secretaria da Saúde de Porto Alegre e Hospital Moinhos de Ventos
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), foi a anfitriã do encontro técnico do City Cancer Chalenge 2025, nesta segunda-feira. Em abril passado, os principais serviços oncológicos da capital foram submetidos a questionários que serviram para identificar as necessidades de melhoria para a cidade prover um serviço de câncer de qualidade e acessível aos porto-alegrenses. A presidente Simone Leite, primeira mulher eleita a presidir a Entidade, fez uma breve apresentação, e reconheceu o brilhante trabalho da médica gaúcha, Maira Caleffi, à frente da Femama e seu empenho pela conscientização e combate ao câncer, além de expressar seu profundo agradecimento, em nome da Federasul, como membro de apoio ao comitê técnico do programa, constituído por referências oncológicas locais e da equipe internacional do C/Can.
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) projetam que quase 55 mil novos casos de câncer devem ser registrados no Rio Grande do Sul em um período de até três anos. Destes, 7,67 mil serão em Porto Alegre, seguidos de 127,96 casos de câncer de próstata para cada 100 mil habitantes (quase o dobro dos 66,12 esperados para o País todo, na mesma base de comparação) e 114,25 casos de câncer de mama para cada 100 mil habitantes (mais que o dobro dos 56,33 estimados para o Brasil). Atualmente Porto Alegre é a capital brasileira com a mais alta taxa de mortalidade por câncer do País. Como apoio para desenvolver formas de planejar e implementar soluções de diagnóstico e tratamento à doença a capital gaúcha, além de Kigali, capital de Ruanda e Tbilisi, da Geórgia, no leste europeu, foram selecionadas em maio de 2018 como Cidades-Desafio do City Cancer Challenge.
O Projeto Cidade-Desafio permite agregar à várias áreas de interesse em busca de uma solução para as crescentes taxas da doença em Porto Alegre, considerado um problema global, consoante ao aumento geométrico do número de novos casos, mas a solução, de acordo com especialistas, precisa ser local. Com essa experiência, acredita-se que Porto Alegre servirá de modelo nacional para tornar o atendimento oncológico mais rápido e moderno.
Sobre o C/Can 2025
As Cidades-Desafio selecionadas pela iniciativa C/Can 2025 receberão apoio durante dois anos para:
- Identificar e envolver todas as partes relevantes interessadas no processo C/Can 2025, incluindo governo (local, regional, nacional), sociedade civil, academia, instituições de saúde e profissionais, setor privado;
- Realizar uma avaliação abrangente em toda a cidade para identificar as atuais lacunas, necessidades e prioridades para o desenvolvimento de soluções sustentáveis de tratamento do câncer na cidade;
- Desenvolver um plano de atividades orçamentado;
- Dependendo da atividade, identificar canais apropriados para assistência técnica, parcerias / colaboração local e internacional, investimentos pontuais e / ou soluções de financiamento a longo prazo para apoiar a implementação do plano na cidade;
- Desenvolver uma estrutura para monitorar e avaliar o progresso e o impacto.