Pela manhã, em Teutônia, a presidente da Federasul mediou um café para associados da CIC. No início da tarde, participou de uma reunião-almoço na CDL Lajeado
A presidente da Federasul, Simone Leite, foi a mediadora do Painel Desafios da Indústria, que integra uma série de palestras alusivas ao Dia da Indústria. O evento, promovido pela CIC Teutônia, reúne palestras e oficinas sobre tendências do mercado, automação comercial, tecnologia e inteligência artificial e robótica. O 1º Evento Alusivo ao Dia da Industria, abrange os mais variados segmentos do setor, tais como saúde, alimentação e vestuário. Participaram do evento, Dirceu Bayer, da Cooperativa Languiru; Ilvo Poersch, da Cooperativa Certel e Josué Kunst, da Calçados Piccadilly.
“O Vale do Taquari me inspira, é uma parte do Rio Grande do Sul que nos orgulha, com economia pujante e pessoas trabalhadoras. A indústria possui grande importância para a economia do Rio Grande do Sul, com indicadores que apresentam reação, mas ainda pequena diante das perdas dos últimos anos. A economia é movida pelo otimismo e por expectativas, mas é preciso realizar. Toda política econômica impacta diretamente no ramo industrial”, disse Simone, referindo-se às reformas da previdência e tributária. A presidente da Federasul classificou os empreendedores como “verdadeiros heróis, que mantêm a fé em dias melhores”.
Kunst trouxe números e detalhes históricos da Calçados Piccadilly. “O desafio das indústrias é muito grande. Entre eles estão a atração, a retenção e o engajamento das pessoas. Na Piccadilly, os últimos quatro anos foram de revisão pesada dos processos industriais e de logística. Sabemos que o que nos trouxe até aqui não nos leva aos 100 anos. É preciso inovar diariamente”, afirmou.
Bayer valorizou o trabalho das cooperativas, sindicatos e associações. “Mesmo diante das dificuldades, não podemos perder a motivação. As cooperativas criam empregos e geram impostos nas comunidades locais”, disse, mencionando investimentos da Languiru no seu Frigorífico de Aves, instalado em Westfália, além do desenvolvimento de produtos e atenção especial aos projetos educacionais que buscam a qualificação da mão-de-obra e estimulam a sucessão nas propriedades rurais.
Poersch comentou que “o Estado é punitivo no que diz respeito aos tributos, quando deveria ser ‘orientativo’. Isso custa muito caro para todos nós.” No ramo de geração de energia, elencou a energia solar e eólica como importantes, ao mesmo tempo em que salientou a necessidade de reserva de energia, “possível a partir das hidrelétricas e essencial para o crescimento do pais”.
No início da tarde, Simone participou de uma reunião-almoço, no CDL de Lajeado, com o presidente da Entidade, Heinz José Rockenbach. O tema da discussão foi a Reforma da Previdência e seus reflexos na retomada da economia e na vida da classe produtiva, bem como os aspectos legais da atualização previdenciária e a segurança jurídica que está abarcada na proposta, caso seja aprovada no modelo que está. “A aprovação é necessária. O remédio é amargo, mas ainda é tratável. Se não tomarmos conta da situação, pode ser tarde demais”, disse Simone aos empresários