O caminho para superar a crise econômica deve iniciar por reformas estruturais que impeçam o crescimento dos gastos obrigatórios do Governo Federal, sobretudo os benefícios sociais e também com a previdência social. Com esse entendimento, o economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall apontou, durante o “Tá na Mesa”, promovido pela Federasul, que o atual modelo econômico gerou desequilíbrio e está esgotado. “Para o futuro tudo dependerá do quadro político e da capacidade de negociação do Governo junto ao Congresso para gerar as condições para a aprovação da reforma fiscal”, alertou.
Ao defender uma agenda positiva, o economista destacou que o tamanho da receita pública não é mais condizente com os gastos e argumentou que a reforma estrutural passa prioritariamente pela readequação desses números. Kawall ainda defendeu a Reforma Tributária, ao mesmo tempo posicionou-se contrário à elevação da carga tributária. “ O atual sistema tributário prejudica o crescimento das empresas”, avaliou.
Segundo a previsão de Kawall, em 2015, a crise ainda vai se agravar. “As pessoas não têm a dimensão do que estamos vivendo”, alertou ao demonstrar otimismo para 2016. Segundo ele, a previsão para o próximo ano é de queda em 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), somada à redução da inflação e, por consequência, das taxas de juros. A expectativa é de que esse cenário seja combinado com a valorização cambial que deve impulsionar as exportações.
Kawall atribuiu a crise econômica ao ajuste das contas públicas e ao aperto da política monetária, além de todos os efeitos colaterais da operação Lava Jato que afetou os setores de petróleo e infraestratura e resultou em uma retração expressiva. Durante sua palestra, o economista mostrou que o crescimento da economia global foi menor em 2014 em função da desaceleração dos países emergentes que recuaram as atividades industriais.
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Fonte: Assessoria de imprensa