A entidade disse que um levantamento mostrou que milhares de toneladas de produtos estão represadas nos processos de exportações, que fábricas estão reduzindo ou paralisando a produção por falta de espaço para estocar produtos e que contratos de exportação estão ameaçados.
A entidade não dimensionou as perdas financeiras, mas destacou que as exportações de aves e de suínos atraem para o país mais de R$ 100 milhões por dia em negócios.
Segundo a ABPA, o setor tem enfrentado prejuízos não apenas com a perda dos embarques nos navios, mas com custos para a manutenção de estruturas logísticas que estão paradas, aguardando a liberação das cargas.
“Infelizmente, o setor de proteína animal, que vinha registrando crescimento em plena crise econômica nacional, está sendo afetado e pode perder uma valiosa oportunidade de trazer ainda mais divisas, em um momento delicado para o país”, disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, em nota.
A entidade disse que está em contato com o governo federal e líderes dos grevistas para pedir o avanço das negociações e o fim da paralisação.
Na quarta-feira, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse que a greve já impede o desembarque no exterior de algumas cargas brasileiras de milho, soja e algodão que ainda não receberam um certificado fitossanitário.
Com a paralisação, o certificado que normalmente é emitido após a saída do navio do Brasil ainda não está de posse de alguns exportadores cuja carga já chegou a países importadores.
Com a paralisação, 7 mil contêineres com produtos de exportação e importação estavam retidos no porto de Santos, o maior do país, no início desta semana, informou anteriormente o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical).
Fonte: Globo Rural