Eduardo Leite garantiu que a trégua de dois anos com as alíquotas do ICMS vai dar condições para implementar medidas que vão aumentar a competitividade do Estado
A presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite, e sua diretoria, receberam nesta sexta (09) o governador eleito, Eduardo Leite, e seu vice, Ranolfo Vieira Junior. Na sede da entidade, o governador falou sobre seu compromisso com o saneamento do Estado e com a busca de um acordo com a sociedade. Disse estar “feliz” com o voto de confiança que recebeu da Federasul, com a decisão de apoiar por dois anos a manutenção das alíquotas do ICMS em 18%, e reafirmou que “a decisão reforça meus compromissos de viabilizar a sustentabilidade do Estado”.
O governador, que iniciou a reunião, que durou mais de uma hora, reafirmou que sua agenda de competitividade está lastreada em três pilares: infraestrutura, parcerias público-privadas e desburocratização. “Quero ser um pedreiro para construir e não um bombeiro para apagar incêndio”, exemplificou.
Revelou que irá adotar logo as medidas para reduzir drasticamente a burocracia e as concessões, porque “dá para fazer sem tocar no caixa”. Leite relacionou à competitividade dois pontos fundamentais de seu governo: a educação e a segurança.
No mesmo tom amistoso, a presidente da Federasul lembrou que a entidade, é historicamente contrária ao aumento da carga tributária. “Aliás, sempre pleiteamos a redução dos impostos” e enfatizou que o posicionamento da Federasul, na questão das alíquotas do ICMS, tem a intenção de garantir a prestação de serviços essenciais, a governabilidade da nova gestão e oportunizar a implementação de soluções de longo prazo, diante da grave situação fiscal.
O governador esclareceu que precisa de uma trégua de dois anos com tudo congelado (receita e despesa) para validar seu projeto que tem sintonia com as posições da Federasul, especialmente no que se refere à competitividade para apostar no crescimento. Simone Leite lembrou que “o sacrifício não pode ser apenas de parcela da sociedade e sim um esforço conjunto, envolvendo todos os poderes para que se possa viabilizar a sustentabilidade do Estado”.
A presidente da Federasul encerrou a reunião lembrando ao governador eleito o compromisso de manter as alíquotas por dois anos e disse que espera um extenso programa de privatizações e a extinção da EGR.