O 1º Seminário de Núcleos Empreender, voltado ao compartilhamento de ideias e à apresentação de soluções setoriais para participantes de grupos associativos, abriu os trabalhos do pré-evento do 14º Congresso da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) reunindo mais de 150 gestores de entidades empresariais nesta quinta-feira (7), no Hotel Master Premium, em Gramado.
A presidente Simone Leite deu as boas-vindas destacando a crença no poder do associativismo, a partir da força coletiva por um Estado mais próspero. “Nós terceirizamos nossos problemas. Mas é preciso agir”, finalizou. Já, a coordenadora do Empreender no Rio Grande do Sul, Tamara Aranchipe, lembrou o reconhecimento conquistado pela Federasul, considerada pelo programa Empreender como a melhor execução do programa em todo o País. “Começamos um pouco tarde no projeto, mas já mostramos que um grande potencial de crescimento”, reforçou.
O coordenador do programa Empreender, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em parceria com o Sebrae, Carlos Rezende, falou sobre a importância em disseminar os núcleos setoriais na América Latina. “As empresas precisam reverter a tendência de não dar certo lutando contra o insucesso. Auxiliar nessa tarefa é o objetivo do Empreender”, observou.
Segundo ele, 90% das empresas que participaram do Empreender Convencional tiveram aumento de faturamento, de acordo com pesquisa realizada pelo próprio projeto. Além disso, das oito empresas premiadas com o Prêmio Micro e Pequenas Empresas, cinco são nucleadas. Esse reconhecimento, junto à vitória em premiações internacionais, como o International Chambers of Commerce, só reforçam o propósito do programa. “Queremos que as empresas comecem a se comunicar e proponham soluções conjuntas aos problemas comuns”, explicou Rezende.
Indo ao encontro desse desafio, foram apresentados dois cases de sucesso de núcleos setoriais. Um deles, aqui do Rio Grande do Sul, é o Núcleo de Mulheres Empreendedoras de Gravataí, apresentado pela sua coordenadora, Kelly Mross. “A partir do núcleo, eu tive coragem e ousadia de abandonar a minha ideia inicial de criar uma franquia, para abrir uma nova rede. Hoje, fui convidada a abrir mais uma loja do meu negócio”, comemorou.
Assim como Kelly, Fabio Gaião, empresário do núcleo Rede Cerrado, de Uberlândia/MG, apostou nos núcleos para o desenvolvimento do setor de supermercados. “Começamos em outubro de 2010 com 3 lojistas. Hoje somos 22. Além disso, nosso faturamento, que foi de R$ 56 milhões em 2015, saltou para R$ 98 milhões em 2017”, revelou.
Esses avanços, de acordo com o mediador do encontro, Jordi Castan, comprovam como é possível aumentar as chances de sucesso de uma empresa a partir de parcerias e compartilhamento de ideias com outros empresários. “Os núcleos são bons e baratos. Tanto é que existem na Ásia, na África, na Europa e na América Latina”, concluiu.