A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL) finalizou em Bagé, na terça-feira (27/03), nas dependências da ACIBA, o ciclo de debates, promovendo a 9ª edição do Fórum de Líderes.
O Fórum trouxe para pauta os temas em destaque da Federasul, como engajamento cívico, protagonismo, liderança e desenvolvimento. A presidente Simone Leite, junto dos vice-presidentes Rodrigo Sousa Costa e Fernando Marchet abriram as discussões do Fórum. Simone Leite fez o primeiro pronunciamento da noite, falando que Bagé deu exemplo de mobilização para todo o país, na recepção que fez a caravana do ex-presidente Lula. Na sequencia salientou a importância de buscar maior participação das classes produtivas, dos trabalhadores e empresários, para que ocupem lugares de decisão e ajudem a mudar o atual panorama político.
“Além de integrar líderes da classe produtiva, com esse Fórum, também queremos fazer reflexões e provocações para essas pessoas que são lideranças em suas cidades e na região”, concluiu Simone.
Ambiente econômico e perspectivas para 2018
O evento que reuniu 45 convidados no auditório da ACIBa, contou com a palestra sobre Cenário Econômico proferida pelo vice-presidente de economia da Federasul, Fernando Marchet. Ele mostrou o atual panorama da economia no momento, fez um histórico salientando que em 2014 já se iniciava a crise. “Quando se olha os diversos setores da economia e o consumidor, a expectativa é que as coisas vão melhorar, isso é um fator importante para a economia e um indicador bastante positivo. Em dados reais, o PIB de 2017 foi positivo, teve a maior queda do Brasil 7%, mas já dá bons sinais. A confiança melhorou e os dados mostram boas prospectivas. Alguns setores já se destacaram nessa retomada e as coisas estão progredindo de fato”, declarou.
“Temos um cenário que permite não só um crescimento bom em 2018, mas também a retomada da estabilidade nos próximos anos”, relatou. Para Marchet um dos maiores riscos são as eleições. “O desafio será a escolha do novo presidente e se ele dará continuidade a algumas importantes e necessárias reformas que trazem efeitos na economia como um todo”, concluiu.
Engajamento Cívico
O vice-presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa falou sobre o contexto que estamos vivendo no momento e qual o papel da classe produtiva em 2018. Ele comentou que em dezembro de 2015, foi realizado o primeiro fórum, onde foi feito um diagnóstico. Na ocasião ficou claro que a classe produtiva que carrega o país nas costas, tinha se omitido e deixado a situação ser controlado por políticos de carreira.
“Assim criamos um movimento empresarial e a estratégia é colocar as pessoas certas, nos lugares certos, com norte definido e articuladas entre si”, defendeu Rodrigo.
O primeiro passo foi conquistar a Federasul, quando Simone Leite venceu a eleição com 29 votos contra 17, tendo seu trabalho reconhecido. “Hoje temos uma ferramenta brutal de transformação da realidade “, definiu. Costa questionou como é possível gestores aumentarem impostos no momento da maior crise econômica do pais, quando muitas empresas estão fechando. “Esse é o grande despertar, que foi provocado em Bagé, a cidade deu exemplo para o país inteiro. Acredito que 2018 é um ano histórico, que vai marcar o Brasil, um ano que estamos saindo da recessão, e que tudo está se definindo. Ou a classe produtiva trabalhadores, operários, agricultores, empreendedores, empresários, ou nós, resgatamos o país e fazemos um esforço para nos envolver evitando fazer o que foi feito no passado, quando terceirizando a responsabilidade, ou corremos o risco de perder tudo. Estamos no momento que podemos dar a guinada. Devemos aproveitar e enfrentar, tem muita gente disposta a fazer oposição. Ou aproveitamos a conjuntura de força para dar essa virada, ou teremos que aceitar o que vier. Bagé está de parabéns, é um ano provável para uma renovação na política em muitas áreas. O que vamos fazer, vai depender do quanto iremos nos envolver”, defende. A mensagem final deixada por Costa foi “continuem fazendo o que vocês estão fazendo aqui em Bagé”.