Cinco dirigentes de instituições financeiras falaram no Tá na Mesa desta quarta
A transformação dos bancos para digital é a condição única para o crescimento. O consenso foi expresso no Tá na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) desta quarta-feira (16), que recebeu os presidentes do Banrisul, Claudio Coutinho; Agibank, Marcelo Testa; Badesul, Jeanette Lontra, além do vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, e do diretor-executivo do Sicredi, João Francisco Tavares, para falar sobre o tema tema “Transformação dos bancos”. Para eles, esta transformação é obrigatória.
O presidente do Banrisul, Claudio Coutinho adiantou que a instituição está se transformando em digital em todas as operações. As físicas, no entanto, continuarão como ambiente para fomento de novos negócios e esclarecimentos. Disse que no primeiro semestre deste ano, 53% das transações bancárias foram realizadas digitalmente.
O presidente da Agibank, Marcelo Testa, focou na necessidade de resolver as demandas do cliente como o ponto primordial a ser contemplado pela digitalização das operações bancárias. O empresário lembrou que seu banco, que tem hoje 600 pontos de atendimento no Brasil projeta expansão para 1500 pontos. “Utilizamos todas as benesses oportunizadas pela tecnologia para mapear as necessidades dos correntistas através de entrevistas e a partir daí planejar seus produtos de acordo com o que estes precisam:
– Utilizamos de vários equipamentos modernos e um antigo, o ouvido, para conceber nossos produtos”, brincou Testa, que também lembrou que apesar do Agibank ser uma instituição com operação 100% digital, conta com unidades físicas que, há exemplo dos planos do Banrisul, também servem como ambiente para negócios e empreendedorismo.
O diretor-executivo do Sicredi, João Francisco Tavares, explicou que a cooperativa já montou um quartel-general no Tecnopuc, em Porto Alegre, para o desenvolvimento de uma nova plataforma digital, que será implementada até 2023, garantindo mais agilidade para realização de novos negócios. Salientou que a missão, agora, é acostumar os clientes com as novidades e resolver as necessidades destes. “Cada região tem uma necessidade diferente. Em Porto Alegre, por exemplo, uma unidade na Zona Norte atende um determinado perfil, e na Zona Sul outro”, disse.
Vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha disse que a agência de fomento já tem uma característica digital porque não tem agências físicas. “Nosso processo de digitalização dará mais agilidade para o financiamento de projetos de empresas gaúchas” informou lembrando que o BRDE financiou R$ 2,8 bilhões em projetos de implantação, modernização e ampliação de empresas. “Imagine o quanto poderemos evoluir com a desburocratização proporcionada pela evolução digital”, disse.
Já a presidente do Badesul, Jeanette Lontra, reconheceu a importância sobre a digitalização das operações transacionais revelando que o banco busca parcerias para implementação de um projeto de modernização. “Acreditamos que com o auxílio de parcerias poderemos evoluir nessa questão”, destacou Jeanette.
O painel do Tá na Mesa foi coordenado pela presidente Simone Leite, que classificou a reunião como uma oportunidade única de ter um time de primeira linha para debater sobre o futuro da economia. “Temos muito orgulho de podermos reunir grandes lideranças gaúchas conosco. Pergunto que outro Estado possui time de igual grandeza como o que temos aqui?”, ressaltou.